domingo, 1 de junho de 2014

Sempre bem

Tenho sentido que, conforme o tempo passa, tenho menos coisas a dizer. 
Ou, na verdade, sinto que estou inteiramente e eternamente dopada por doses diárias dessa sanidade que tenho  questionado o quanto me faz bem...
O fato é que não digo mais. E pareço sempre bem.

Esses dias, ouvindo aquela música que fala sobre o gosto amargo do teu corpo, que ficou na minha boca por mais tempo, me deixei levar e, num pequeno deslize, mostrei que sim, eu ainda lembro, mas ....não, eu não consigo não. Não foi tua culpa não...aquele caminho não era pra mim. Era só pra ti mesmo. Mas...aquela ausência foi...difícil. E ainda não passou..


No mais, tudo segue seu ritmo.

Sinto falta da Alice. Sinto muito a falta da Alice.
Mas os planos eram "até pode dar certo, aiai, e se não der, eu pego um avião,  vou pra Xangai e nunca mais eu volto pra te ver". 

Pois é. Chegou, finalmente, a hora de pegar esse avião... 
É um alívio, apesar de tudo. Mas a Alice sempre vai fazer falta...


As fugas da realidade continuam fazendo parte do cotidiano. O sono constante, os pesadelos... tudo está presente e eu..pareço sempre bem.
Os planos do começo de ano ficaram de lado. A saúde de 50 aos 23 precisou de cuidados...novos diagnósticos, novos comprimidos, novas restrições... e lá vamos nós.

Do resto, eu não sinto vontade falar agora.

Na verdade, se eu não estivesse impedida pelas minhas próprias barreiras de segurança, poderia falar desse bem que tem me feito o personagem de Oscar Wilde...  mas...deixa pra lá.

Vamos seguindo .