quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Nostalgia aparente..

Há tempos que me calei sobre as constantes metamorfoses que ocorrem em mim. Houve um tempo em que eu até falei bastante - pelo visto, mais que o suficiente - e então, houve um rompimento grande que, não parece, mas marcou. O luto se faz presente até hoje. A confiança inabalável, a amizade que era eterna - tudo morreu. Morreu e não se fala mais nisso. Eu não falo mais nisso. Dizem que no luto existe a fase da negação...pelo visto, ainda estou nela.

A História, finalmente, saiu de mim. Só ficou a saudade...a incrível saudade dos momentos, das pessoas, da minha sala (rs), do teatro, do CEP (mimimi), dos 45 do segundo tempo, e de uma infinidade de coisas que eu não me importaria em viver novamente..

Em relação às doses diárias de sanidade, posso dizer que, enfim, também não são mais necessárias. Disseram-me que meu cérebro está muito bem, obrigada. Agora, somente as falhas físicas, desenvolvidas ao longos dos últimos anos, estão sendo tratadas e, apesar de assustarem um pouco, a minha consciência em relação à elas finalmente melhorou.

De resto, só me falta limite. Limite, lei, regra. A minha eterna mania, de não me acostumar com o que é fácil....de não querer o morno, de necessitar do NÃO. A necessidade do complexo novamente me atormenta. Eu sei que não vou me adaptar ao simples...As cenas se repetem, mas sem as emoções e exaltações do passado. O comodismo atrapalha e se confunde com perfeição, quando na verdade eu quero é explosão...de igual pra igual. Eu quero limite.


Mas tudo ainda segue. E segue bem: finalmente me encaixei e acho que, talvez demore um pouco, mas vou ser psicóloga. Agora, eu consigo ler os textos de psicologia como alguém, que um dia eu conheci, lia os textos de história e me deixava pensando "porque eu não sou assim?", rs. O amor pelo trabalho só cresce. O Simon está bem - perdeu alguns amigos também. O tempo é bem escasso e, na verdade, quando ele sobra, eu me perco... 

Enfim, tudo segue na calmaria...(in)felizmente.


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