segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Veja bem meu bem, um dia desses eu encontro alguém que não vai se chamar saudade.

   Sabe, às vezes eu fico pensando: se algumas pessoas que fazem parte de nossas vidas soubessem como as pequenas doses de ausências que elas, por um motivo o outro, nos infligem...se elas soubessem o quanto essas "dosesinhas", que vão se somando, abrem portas para que esse espaço vazio seja ocupado por outros personagens, talvez elas se esforçassem mais para estar presente, mesmo nos momentos bobos.

   Eu acho, na minha concepção utópica de relacionamentos que não existem (?), que as experiências são mais legais quando elas se somam: é gostoso aprender algo, que você não sabe, com quem tá contigo. Mas daí tem que ter a troca:  só ensinar ou aprender, não tem graça - sobrecarrega. 
Mas acho que elas não só se somam, se completam também. Um romance que te dá segurança mas não te dá amor, é um romance seguro...mas desfalcado. E o mesmo vale para o contrário. Somente na concepção utópica dos relacionamentos que não existem, e na música do Cazuza, é que se vive só de amor. Na concepção real dos relacionamentos que tentam existir, é necessário parceria, amor, desejo, paixão, segurança, atitude, e doses de loucura. E as ausências são perigosas... pois, se é pra viver sozinho mesmo, pra que ficar com o outro, não é mesmo? 

   Aiai...dirão os pessimistas que "nem tudo é perfeito". Mas, convenhamos: o perfeito é uma "coisa" muito relativa. Já considerei várias coisas perfeitas... ou algumas partes de um todo. Talvez a questão não esteja na perfeição, mas nas ausências... se o que falta fosse preenchido, tudo ficaria completo e, talvez, até perfeito. 

Mas....nem tudo é perfeito mesmo.